terça-feira, 29 de junho de 2010

Barco Furado.

Vou te contar um caso:

Um dia, eu citei Caio F. pra ele:

"Olha, eu sei que o barco está furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar de remar também."

Mas ele parou, me culpou de ter furado o barco.
Eu ainda remei sozinha por um tempo, mas cansei e disse pra ele tirar a água suja que estava se acumulando no fundo e ele:

"Olha, eu sei que isso é tudo muito lindo, não desistir e tals, mas eu não acho que dá pra chegar em lugar algum com esse barco. Então, vou pular na água e nadar sozinho. Boa sorte, vou sentir sua falta."


Mas eu fui mais rápida e cortei uma mão dele, arranquei os dedos e fui tapando os buracos do barco.
Ele ficou lá, sentindo como era ver um pedaço seu partir.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Varanda.

Você não sabe como é bom abrir um dedinho da varanda e sentir aquele vento no rosto. Ouvir aquele assobio do vento correndo pra passar pela brechinha aberta.


Fico sorrindo só de lembrar.

Pra você ver, antes eu nem tinha vontade de levantar da cama. Agora eu já levanto, abro a varanda, fico rindo besta pra uns passarinhos à toa.

Não se preocupe, meu coração continua desocupado, mas aqui dentro está tudo colorido de novo.



Ana C.

Sobre mim.

Estou aqui, escolhendo o que mostrar.
Minha mania por fotos, meu amor por lápis de cor, meu desejo de viagens e minhas cores preferidas.

Penso em você.
É por isso que escrevo.




Ana C.