sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Rosas.

Uma amiga me contou uma história triste hoje.
A avó dela amava rosas e tinha um jardim lindíssimo em sua casa, mas era um jardim pequeno, pois era delicada e não conseguia cuidar do jardim todo. Era uma frustração.
Um dia, o avô da minha amiga passou pelo pequeno jardim e viu a moça. Se apaixonou perdidamente pela moça, pelo jardim, pelo perfume e pela dedicação da moça e por seu brilho nos olhos. Ele sorriu, tirou o chapéu e se aproximou para falar com ela, mas ela levantou os olhos e soltou tudo e entrou correndo dentro de casa.

O avô da minha amiga parou, baixou a cabeça, recolocou o chapéu e retomou seu caminho.
Mas não esqueceu a moça. Foi a uma biblioteca, estudou sobre as rosas, perguntou a jardineiros, conversou, aprendeu. Plantou com toda disposição, errou algumas vezes, mas fez um jardim belíssimo com rosas de várias cores.

Um dia quando a moça chegou em casa e o rapaz estava em seu jardim, ela fez menção de correr, mas ele lhe mostrou uma rosa diferente, de uma cor que ela não conhecia. Ele se aproximou lentamente, pegou sua mão e a guiou em uma caminhada até o seu jardim.

Eles se casaram, se mudaram para uma casa linda no interior, onde possuiam um jardim belíssimo, enorme, maravilhoso. Todos os dias eles dedicavam horas ao jardim. Por décadas, os dois de cabeça branquinha lado a lado, cuidando do jardim.
Mas o avô da minha amiga faleceu e agora Mrs. Martín só cuida de um jardim pequeno, porque é frágil e delicada e não consegue cuidar do jardim inteiro.


Minha amiga sempre lembra do avô quando vê rosas.
Acho que sempre vou lembrar do avô dela quando eu vir rosas.


Ana C.